Sobreviver
nem sempre é fácil, sobretudo quando se tem um adolescente em casa. Mas
as famílias necessitam mais que a mera convivência. Necessitam também
alegria, comunicação e amizade. E não há razão alguma para que não
tenham estas coisas.
1. Deixe que se levantem por si mesmos.
Algumas famílias começam cada dia com uma pequena guerra, porque mamãe
chama e ralha aos meninos, chama e ralha, ralha e chama, e volta a
repetir o processo uma e outra vez. O adolescente resmunga metade
dormindo, metade desperto: “É muito cedo!”, “Chama-me novamente em cinco
minutos”, ou simplesmente finge que não escutou.
Como os adolescentes vivem lutando por sua independência, porque não deixá-los que se independam desde cedo, na manhã (ou que comecem desde a manhã de forma independente)? Chamá-los apenas uma vez. Se voltarem a dormir e como resultado disto, perderem alguma atividade importante, logo aprenderá a lição. Deste modo, a família evita uma quantidade de discussões e de frustrações.
Como os adolescentes vivem lutando por sua independência, porque não deixá-los que se independam desde cedo, na manhã (ou que comecem desde a manhã de forma independente)? Chamá-los apenas uma vez. Se voltarem a dormir e como resultado disto, perderem alguma atividade importante, logo aprenderá a lição. Deste modo, a família evita uma quantidade de discussões e de frustrações.
2. Que os toques da queda sejam flexíveis.
Deve existir certa flexibilidade nos horários fixados para voltar para
casa e para ir dormir, e esses horários devem ser discutidos com calma
pelos afetados. Se você insiste inflexivelmente em que seus
adolescentes estejam de volta em casa a uma hora determinada, isso pode
privar a seus filhos de alguma atividade grupal inofensiva e agradável, e
de, se for esse o caso, ofendê-los desnecessariamente.
No que me diz respeito, não creio que um adolescente que volta para casa
às nove da noite tenha menos probabilidade de “andar em algo” que um
que regresse à sua casa mais tarde. Me preocupa mais a natureza da
saída, a companhia e a disponibilidade de transporte.
3. Aceite as diferenças que existem entre seus filhos.
Os filhos homens, não tem porque ser íntimos amigos de seus irmãos ou
vice-versa. Tampouco deve pretender-se que sintam um particular agrado
uns com respeito de outros. Às vezes, seus interesses e personalidades
são demasiado diferentes como para que se possa esperar uma verdadeira
afinidade entre eles.
Sem dúvida, os irmãos deveriam aprender desde sua mais tenra idade a
tratar-se mutuamente com respeito; a respeitar os sentimentos, as
idéias, o tempo e os pertences de cada um. Mas a menos que seja
absolutamente necessário, penso que não é o melhor fazer que um membro
da família seja pesado com a responsabilidade de outro.
4. Seja um bom ouvinte.
A maior parte do que tenho que escutar de meus filhos adolescentes, o
tenho escutado entre a meia-noite e as três da manhã. Quando me sinto
tranqüilamente para ler ou costurar, meus filhos se sentem menos
ameaçados e estão mais predispostos a abrir seu coração. Eles não
querem conselhos (quem os quer?). O que querem é falar a fim de clarear
seus sentimentos e idéias.
Se eles estão indecisos frente a dois possíveis cursos de ação,
somente pergunte-lhes: “Se fizer isto, o que pensa que será o resultado
daqui a seis meses? Quais são as vantagens e as desvantagens?”.
Escutando-os, você pode ajudá-los a ver os dois lados do problema. E
sempre, uma pergunta ou sugestão pode colocá-los no caminho certo. Mas é
inútil tentar falar com os adolescentes a menos que eles também estejam
dispostos a fazê-lo.
5. Não seja dogmático.
Não perca o controle nas discussões. Não diga: “Isso seria um grande erro. Não deve fazê-lo. Não sabe o que está dizendo.”
É muito melhor dizer: “Porque pensa assim? Conhece algum fato ou
experiência que confirmem sua idéia? É uma idéia interessante; creio
que vale a pena considerá-la mais a fundo.”
Muitas famílias tem o costume de despertar discussões com assuntos
hipotéticos. Conheci uma família que costumava discutir acaloradamente
acerca de se um homem e uma mulher deviam ou não viver juntos sem estar
casados. Os adolescentes dessa família não tinham a menor intenção de
fazer isso, mas defendiam acaloradamente o direito de seus amigos de
decidirem por si mesmos.
Trate de desenvolver sua sensibilidade a tal ponto que ela lhe permita saber quando colocar fim a uma discussão.
6. Mantenha a calma.
Os adultos deveriam ter maior domínio próprio e sabedoria que os
adolescentes. Use essas qualidades e lembre que os adolescentes são
emotivos, sumamente susceptíveis e facilmente inflamáveis.
Os adultos deveriam ser mais compreensivos com os adolescentes, posto
que já temos experimentado os sentimentos e os problemas que eles estão
vivendo. Deveríamos recordar as pressões e os sofrimentos de nossa
própria juventude: as repulsas ou indiferenças, as frustrações, a
timidez, e o acabrunhamento. Deveríamos demonstrar aos adolescentes que
os aceitamos e que os compreendemos.
7. Esqueçamos as Pequenas Coisas.
Concentre-se nos assuntos de maior importância. Se você pode ser
flexível no tamanho do cabelo, e na escolha da roupa, é mais provável
que seus filhos estejam dispostos a responder às normas de comportamento
que você espera que sigam em assuntos como o respeito pelos demais, as
responsabilidades financeiras, escolares e trabalhos; o interesse pela
família, pelos amigos e por seu bem-estar físico, mental e espiritual.
8. Conserve seu senso de humor.
O humor, usado com sabedoria, pode diluir muito uma situação difícil.
Um gracejo ou um comentário gracioso pode aliviar a tensão e fazer que
todos se unam por meio do riso. Mas evite a ironia, o sarcasmo, a
burla, posto que os adolescentes são em geral, reprimidos e muitos
susceptíveis a tudo o que os possa ridicularizar.
9. Não se oponha a cada amigo/amiga especial, como se a relação fosse acabar Em Casamento.
Trate de não interferir. Não podemos saber de antemão qual relação se
transformará em algo duradouro e permanente; ou, no caso de que sejam
duradouras e permanentes, quais delas seguirão sendo felizes e estáveis.
Se seus filhos são felizes em casa e com seus amigos, haverá menos
possibilidades de que comecem relações inadequadas, pois isto geralmente
ocorre quando o adolescente se sente só, miserável ou aborrecido.
10. Desfrute de seus filhos adolescentes enquanto pode.
Concentre-se no que pode compartilhar com seus adolescentes e não nas diferenças que existem entre você e eles.
Você tem visto com alegria como cresciam até converter-se em
adolescentes, e quer seguir sendo amigo de seus filhos. Trate então de
gozar com eles, e de guardar essa alegria como ela é, um tesouro.
Viver com adolescentes pode ser às vezes uma questão de sobrevivência.
Mas também pode ser experiências estimulantes e alegres, cheia de novas
idéias e de esperanças. Portanto, aprendamos a desfrutá-las com amor e
sabedoria.
Fonte: Portal Advento
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