Em Mateus 14, lemos a história dos discípulos sacudidos pelo vento e pelas ondas em seu barco no mar da Galileia. Veio então Jesus, andando sobre a água, na quarta vigília da noite. A quarta vigília era a última parte da noite, logo antes do amanhecer. Isso quer dizer que os discípulos já estavam sozinhos naquela feroz tempestade havia pelo menos nove horas. Vemos então que Jesus chegou a eles no último momento imaginável.
Isso nos lembra que as delongas de Deus não são necessariamente negações. Jesus sabia o tempo todo o que estava fazendo. Por que esperou tanto antes de intervir? Provavelmente porque demorou até que eles esgotassem seus próprios recursos e passassem a confiar inteiramente n'Ele.
Salva-vidas dizem que as pessoas mais difíceis de se salvar são aquelas que estão em pânico; mas quando ficam exaustas, quando não tem mais forças, eles conseguem puxá-las de volta em segurança. Do mesmo modo, às vezes Deus permite que cheguemos até o fundo do poço, que esgotemos todas as nossas forças, para que finalmente nos agarremos a Ele.
Os discípulos estavam exaustos. "Mas Ele lhes disse: 'Sou eu! Não tenham medo!' Então se animaram a recebê-lo no barco e logo chegaram à praia para a qual se dirigiam." (João 6:20-21). Em relação a muitos de nós, é isso que Jesus está esperando. Está aguardando que digamos: -"Suba a bordo". Ele vai subir se O convidarmos. Ele vai assumir o controle do barco agitado pela tempestade, mesmo na noite mais tenebrosa, ainda que somente um pouco antes do amanhecer.
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