Nos primeiros séculos da Igreja Primitiva, juntamente com o desenvolvimento da doutrina teológica, desenvolviam-se também as seitas, ou como lhes chamavam as heresias na igreja cristã. Os cristãos não só lutam contra as perseguições, mas contra as heresias e doutrinas corrompidas.
Os Gnósticos - Do grego "Gnósis = Sabedoria, Conhecimento" Acreditavam que Deus Supremo é espírito absoluto e causa de todo bem, enquanto a matéria é completamente má criada por um ser inferior que é Jeová. O propósito é então escapar deste corpo que aprisiona o espírito. A fim de chegar a libertação, é necessário que venha um mensageiro do reino espiritual: Cristo. Cristo, portanto não era matéria, possuía somente a natureza divina.
Os Ebionitas - Do hebraico que significa "Pobre" eram judeus-cristãos que insistiam na observância da lei e dos costumes judaicos. Rejeitavam as cartas escritas por Paulo. Os ebionitas eram considerados como apostatas pelo Judeus não convertidos.
Os Maniqueus - O maniqueísmo, de origem persa, foram chamados por esse nome, em razão de seu fundador ter o nome de Mani. Acreditavam que o universo compõe-se do reino das trevas e da luz e ambos lutam pelo domínio do homem. Rejeitavam a Jesus, porém criam em um "Cristo celestial".
Marcion - Nativo de Porto, foi a Roma perto de 138 e se tornou membro da Igreja de Roma. Não conseguiu levar a igreja a aceitar seu ponto de vista, e assim organizou os seus seguidores numa igreja cismática e expandiu a obra até ter congregações em quase todas as províncias. Embora talvez não seja correto chamar Marcion de gnóstico, ele compartilhou vários de seus pontos de vista: judaísmo é mau. Jeová não é o mesmo Deus do NT. Baseou-se quase que exclusivamente em Paulo. Contrastou a imoralidade e crueldade do AT, com a espiritualidade, misericórdia, bondade e alta moral do NT. Embora conceba o nascimento, vida e morte de Jesus como apenas aparente, Marcion insiste na obra redentora de Cristo como necessária para a salvação dos homens. O marcionismo achou fácil aceitação na Mesopotâmia e na Pérsia e sobreviveu lá durante alguns séculos.
Montanismo - É uma reação às inovações que foram introduzidas nas igrejas pelo gnosticismo e paganismo em geral às custas da fé e da moral. Foi organizado na Frígia entre 135 e 160 por Montano com Priscila e Maximinia (profetizas do movimento) em resposta a uma iluminação do Paracletos, para proclamar o estabelecimento do reino de Cristo e pregar contra o mundanismo das igrejas. Algumas das doutrinas desenvolvidas (e pelas quais foram rejeitados) tornaram-se ensino básico da Igreja católica dois séculos depois: exaltação da castidade e viuvez; divisão dos pecados em mortal e venial, exaltação do martírio. Tornou-se o precursor do cristianismo ascético. Suas doutrinas em geral eram as mesmas do cristianismo católico. Reivindicaram ter recebido revelações divinas enquanto em estado de êxtase. O espírito lhes dava a interpretação ascética de certas passagens bíblicas. O montanismo é uma explosão de profetismo, dando importância especial a visões e revelações. Tem caráter essencialmente escatológico. Para eles o período do Parácletos (Espírito Santo) se iniciou com Montano. A nova Jerusalém será inaugurada para o reino de mil anos. Assim é necessário viver em continência e preparar-se para tanto. Nenhum dos que escreveram contra o montanismo vê neles uma heresia. Ao contrário vê nele "tendências arcaicas".
O Novacionismo - Foi o montanismo reaparecendo numa outra época, sem as reivindicações proféticas que desapareceram. Novaciano foi condenado em 251 por um concílio romano que reunia sessenta bispos. Após a perseguição de Décio, quando muitos negaram a fé, Novaciano liderou os que queriam muito rigor para os que cairam. Este movimento cismático encontrou muita recepção na África e na Ásia Menor, onde absorveu o que restou dos montanistas. Sua doutrina era igual à das igrejas católicas. Foi apenas a questão de disciplina que questionavam: condições para ser membro da igreja e perdão de certos pecados específicos. Enquanto Cipriano admitia a reconciliação dos caídos "após uma penitência severa e prolongada”; Novaciano considerava que "reconciliação alguma lhe pode ser concedida". Para Novaciano a igreja se identificava com um pequeno grupo de espirituais que estava em conflito obrigatório com a cidade terrena. Crendo que as igrejas católicas eram apóstatas, os novacianos rejeitaram as ordenanças delas. A crença na regeneração batismal era quase universal nesta época. Os novacianos deram tanta importância à necessidade do batismo ser ministrado por pessoa devidamente qualificada que rebatizavam os que vieram das igrejas católicas.
Os Donatistas - Como os montanistas e novacionistas, estavam preocupados principalmente com questões de disciplina. O movimento surgiu após a perseguição de Diocleciano e especificamente em relação ao que entregaram as Escrituras as autoridades. Os donatistas insistiram numa disciplina eclesiástica rigorosa e numa membresia pura. Rejeitaram ministros indignos (os "lapsi" traidores). O donatismo não trata dos caídos em geral e sim apenas da sorte dos bispos que teriam consentido na entrega das Escrituras imposta pelo primeiro edito de Dioclesiano. O simples fato de estar em comunhão com um dos culpados bastava para contrair mancha e tornar-se traídos, apóstata. Todos os sacramentos administrados ou recebidos pelos "traditores" eram considerados nulos. Quanto a regeneração batismal, foram além dos católicos, crendo que a natureza humana de Cristo também precisava ser purificada pelo batismo. Naturalmente rebatizaram os católicos que vieram a eles como condição de comunhão.
Os Gnósticos - Do grego "Gnósis = Sabedoria, Conhecimento" Acreditavam que Deus Supremo é espírito absoluto e causa de todo bem, enquanto a matéria é completamente má criada por um ser inferior que é Jeová. O propósito é então escapar deste corpo que aprisiona o espírito. A fim de chegar a libertação, é necessário que venha um mensageiro do reino espiritual: Cristo. Cristo, portanto não era matéria, possuía somente a natureza divina.
Os Ebionitas - Do hebraico que significa "Pobre" eram judeus-cristãos que insistiam na observância da lei e dos costumes judaicos. Rejeitavam as cartas escritas por Paulo. Os ebionitas eram considerados como apostatas pelo Judeus não convertidos.
Os Maniqueus - O maniqueísmo, de origem persa, foram chamados por esse nome, em razão de seu fundador ter o nome de Mani. Acreditavam que o universo compõe-se do reino das trevas e da luz e ambos lutam pelo domínio do homem. Rejeitavam a Jesus, porém criam em um "Cristo celestial".
Marcion - Nativo de Porto, foi a Roma perto de 138 e se tornou membro da Igreja de Roma. Não conseguiu levar a igreja a aceitar seu ponto de vista, e assim organizou os seus seguidores numa igreja cismática e expandiu a obra até ter congregações em quase todas as províncias. Embora talvez não seja correto chamar Marcion de gnóstico, ele compartilhou vários de seus pontos de vista: judaísmo é mau. Jeová não é o mesmo Deus do NT. Baseou-se quase que exclusivamente em Paulo. Contrastou a imoralidade e crueldade do AT, com a espiritualidade, misericórdia, bondade e alta moral do NT. Embora conceba o nascimento, vida e morte de Jesus como apenas aparente, Marcion insiste na obra redentora de Cristo como necessária para a salvação dos homens. O marcionismo achou fácil aceitação na Mesopotâmia e na Pérsia e sobreviveu lá durante alguns séculos.
Montanismo - É uma reação às inovações que foram introduzidas nas igrejas pelo gnosticismo e paganismo em geral às custas da fé e da moral. Foi organizado na Frígia entre 135 e 160 por Montano com Priscila e Maximinia (profetizas do movimento) em resposta a uma iluminação do Paracletos, para proclamar o estabelecimento do reino de Cristo e pregar contra o mundanismo das igrejas. Algumas das doutrinas desenvolvidas (e pelas quais foram rejeitados) tornaram-se ensino básico da Igreja católica dois séculos depois: exaltação da castidade e viuvez; divisão dos pecados em mortal e venial, exaltação do martírio. Tornou-se o precursor do cristianismo ascético. Suas doutrinas em geral eram as mesmas do cristianismo católico. Reivindicaram ter recebido revelações divinas enquanto em estado de êxtase. O espírito lhes dava a interpretação ascética de certas passagens bíblicas. O montanismo é uma explosão de profetismo, dando importância especial a visões e revelações. Tem caráter essencialmente escatológico. Para eles o período do Parácletos (Espírito Santo) se iniciou com Montano. A nova Jerusalém será inaugurada para o reino de mil anos. Assim é necessário viver em continência e preparar-se para tanto. Nenhum dos que escreveram contra o montanismo vê neles uma heresia. Ao contrário vê nele "tendências arcaicas".
O Novacionismo - Foi o montanismo reaparecendo numa outra época, sem as reivindicações proféticas que desapareceram. Novaciano foi condenado em 251 por um concílio romano que reunia sessenta bispos. Após a perseguição de Décio, quando muitos negaram a fé, Novaciano liderou os que queriam muito rigor para os que cairam. Este movimento cismático encontrou muita recepção na África e na Ásia Menor, onde absorveu o que restou dos montanistas. Sua doutrina era igual à das igrejas católicas. Foi apenas a questão de disciplina que questionavam: condições para ser membro da igreja e perdão de certos pecados específicos. Enquanto Cipriano admitia a reconciliação dos caídos "após uma penitência severa e prolongada”; Novaciano considerava que "reconciliação alguma lhe pode ser concedida". Para Novaciano a igreja se identificava com um pequeno grupo de espirituais que estava em conflito obrigatório com a cidade terrena. Crendo que as igrejas católicas eram apóstatas, os novacianos rejeitaram as ordenanças delas. A crença na regeneração batismal era quase universal nesta época. Os novacianos deram tanta importância à necessidade do batismo ser ministrado por pessoa devidamente qualificada que rebatizavam os que vieram das igrejas católicas.
Os Donatistas - Como os montanistas e novacionistas, estavam preocupados principalmente com questões de disciplina. O movimento surgiu após a perseguição de Diocleciano e especificamente em relação ao que entregaram as Escrituras as autoridades. Os donatistas insistiram numa disciplina eclesiástica rigorosa e numa membresia pura. Rejeitaram ministros indignos (os "lapsi" traidores). O donatismo não trata dos caídos em geral e sim apenas da sorte dos bispos que teriam consentido na entrega das Escrituras imposta pelo primeiro edito de Dioclesiano. O simples fato de estar em comunhão com um dos culpados bastava para contrair mancha e tornar-se traídos, apóstata. Todos os sacramentos administrados ou recebidos pelos "traditores" eram considerados nulos. Quanto a regeneração batismal, foram além dos católicos, crendo que a natureza humana de Cristo também precisava ser purificada pelo batismo. Naturalmente rebatizaram os católicos que vieram a eles como condição de comunhão.
Fonte: PC@maral
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