Então veio um homem que se pôs a lutar com ele até o amanhecer. Quando o homem viu que não poderia dominá-lo, tocou na articulação da coxa de Jacó, de forma que lhe deslocou a coxa, enquanto lutavam. (Gn 32:24-25)
Nascer num lar cristão tem muitas vantagens; dentre elas, o fato de se ouvir, desde o ventre da mãe, hinos, orações, leituras da Bíblia, e o privilégio de participar, desde criança, da comunidade cristã. Quem teve essa graça, deve sentir-se feliz. Mas, infelizmente, há aqueles que usam isso para se exaltar, dizendo: “Graças a Deus, já nasci ‘crente’! Tenho pena daqueles que não tiveram a mesma formação que eu tive!” Será que os crentes “de berço” devem se sentir superiores às demais pessoas? É claro que não. Hoje, vamos aprender que todos, independentemente do lar em que nascemos, precisamos passar por um momento decisivo.
Jacó tivera a honra de nascer num lar que adorava e servia o Senhor. Antes mesmo de nascer, sua vida já tinha a interferência do Deus verdadeiro. Ele ouvia seus pais contarem a respeito das promessas que o Senhor fizera a Abraão e de como as cumprira fielmente. Que privilégio! Jacó vivia seguro com a fé de seus pais. Isso parecia ser tudo de que precisava. Era mesmo? A palavra de Deus nos informa que, apesar de todas as informações que Jacó possuía a respeito do Senhor, ele ainda não andava com Deus; seu coração precisava ser transformado (Gn 27).
Por haver tomado a bênção que pertencia a seu irmão mais velho, Esaú, Jacó precisou fugir de casa. Certa noite, quando ainda estava a caminho da casa de seu tio, Labão, o moço teve um lindo sonho em que Deus lhe aparecia e lhe fazia promessas (Gn 28:10-22). Após esse episódio, Jacó fez seu primeiro pacto com o Senhor. Contudo, ainda havia uma longa trajetória, até que ele realmente se tornasse um homem fiel a Deus.
Tempos depois, ele retornava para casa. Agora, estava rico, tinha uma grande família. Mas, no caminho, teria de se encontrar com seu irmão ofendido. O momento não seria fácil. Como estava com muito medo, Jacó orou ao Senhor. Mas é interessante percebermos que, em vez de dizer: “Ó meu Deus!”, ele diz: “Ó Deus de meu pai Abraão, Deus de meu pai Isaque!” (Gn 32:9). Jacó ainda não conhecia a Deus, de fato. Naquela mesma noite, ele teve uma experiência que mudou de vez sua vida: o próprio Deus veio ao seu encontro e lutou com ele. Ali, Jacó não teve apenas o seu corpo e o seu nome mudados, mas seu caráter. Esse foi o momento decisivo para ele; foi o momento da sua transformação. Agora, o Senhor era o seu Deus, porque Jacó já o conhecia.
Não importa em que família você nasceu, quanto tempo tem de igreja. Isso não basta. Você precisa conhecer a Deus. Esse momento decisivo vai chegar. O Senhor virá ao seu encontro, não para destruí-lo, mas para se tornar conhecido. Toda iniciativa parte dele, porque ele deseja ser o seu Deus, e não apenas o Deus de seus pais.
Você jamais será o mesmo, pois assim como o Senhor deixou marcas em Jacó, deixará em você também, a marca da transformação.
Fonte: Fumap
via: soudapromesso
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