segunda-feira, 4 de julho de 2011

O poder da Igreja no mundo

Em seu célebre sermão, chamado “o sermão do monte” Jesus falou sobre a influência da igreja no mundo e usou duas figuras simples, porém, poderosas para ilustrar essa verdade magna.

1. A igreja é o sal da terra (Mt 5.13).

Essa figura doméstica fala da influência interna da igreja. O sal não pode ser visto no alimento, mas pode ser sentido. A metáfora usada por Jesus nos esclarece três pontos importantes: O primeiro é que o sal inibe a decomposição. Antes do advento da refrigeração, o sal era o que preservava os alimentos. A presença da igreja no mundo é como um antisséptico. Freia a corrupção, retarda o processo da desintegração e coíbe a degradação. O segundo ponto é que o sal dá sabor. A ausência de sal torna o alimento insípido enquanto o excesso o torna salobre. A presença da igreja no mundo dá sabor à vida e torna o ambiente mais agradável. O terceiro ponto é que o sal provoca sede. O mundo não conhece a Deus. O homem em seu estado natural não tem sede de Deus. A presença da igreja no mundo, desperta interesse por Deus no coração das pessoas. O sal mesmo que não seja visto é percebido. Jesus, porém, alertou para o perigo do sal perder o seu sabor e tornar-se insípido. Nesse caso, o sal perde sua utilidade e torna-se chão batido para ser pisado pelos homens. As impurezas podem tornar o sal sem sabor e inútil. Mais sério, pode tornar o sal prejudicial. Para sermos bênção no mundo, precisamos ter vida íntegra e pura. A contaminação com o mundo pode nos privar de sermos úteis no mundo.


2. A igreja é a luz do mundo (Mt 5.14-16).

Essa figura fala da influência externa da igreja. A luz é vista, notada e percebida. Ela se impõe. É como uma cidade no topo de uma montanha. É impossível ser escondida. Jesus falou sobre três possibilidades de esconder a luz. Primeiro, Jesus diz que a igreja não pode ser luz debaixo do alqueire. Não podemos esconder nossa influência debaixo de estruturas comerciais. Jesus diz também que não podemos esconder nossa luz debaixo do vaso, ou seja, daquilo que é apenas adorno. Finalmente, Jesus diz que não podemos esconder nossa luz debaixo da cama, ou seja, daquilo que representa descanso e prazer. Nossa luz precisa brilhar diante dos homens para que vejam nossas boas obras e glorifiquem o Pai que está nos céus. A luz nos sugere algumas lições. A luz é símbolo de pureza. A luz revela a impureza e também nos alerta sobre ela. A luz é símbolo da verdade. A mentira procede das trevas e é coberta de trevas, mas a verdade é luz que ilumina e aquece. A luz é símbolo de conhecimento. A igreja conhece a Deus e o torna conhecido. Foi esclarecida pela verdade, conhece a verdade e anda na verdade. A luz é símbolo da vida. Não há vida sem luz. A fotossíntese das plantas se dá através da luz. Onde a luz chega brota a vida com sua beleza e vigor. A igreja recebe vida e transborda diante do mundo essa vida abundante. A luz é símbolo de comunicação. Onde falta luz, escasseia-se a comunicação e mingua os relacionamentos. A igreja é portadora das boas novas de reconciliação. Ela roga aos homens que se reconciliem com Deus. Ela constrói pontes, onde o pecado cavou abismos.


No incomparável sermão do monte Jesus mostrou que antes da igreja apresentar-se ao mundo como sal e luz, precisa primeiro possuir uma nova vida. As bem-aventuranças falam do que a igreja é. Só depois, Jesus fala do que a igreja faz. Vida precede ação. Caráter precede performance. Vida com Deus precede testemunho no mundo. Se não formos humildes de espírito, se não chorarmos pelos nossos pecados, se não tivermos fome e sede de justiça, se não formos puros de coração, se não formos mansos, misericordiosos e pacificadores, não poderemos ser sal nem luz. Não podemos demonstrar o que não somos. Não podemos refletir o que não temos. Primeiro precisamos ter vida com Deus para depois termos vida para Deus.

Você tem sido sal da terra e luz do mundo? Tem influenciado as pessoas de forma particular e também de forma pública? Tem revelado o caráter de Cristo em suas palavras e ações? É tempo de entendermos quem somos para cumprirmos com entusiasmo nossa vocação no mundo!

Fonte: Hernandes Dias Lopes

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