Quando me converti sempre ficava assustado com o quanto o povo de Israel, no deserto, era ingrato com Deus. Após terem presenciado tantos sinais como as 10 pragas no Egito, um mar se abrir, uma coluna de fogo acompanhando durante a noite, água brotar da rocha, maná cair do céu… Como poderiam ter se esquecido de Deus? Terem duvidado, em muitas vezes, de sua existência? Quanta ingratidão!
Atualmente residimos em Alfenas – MG, onde não existe um templo da Igreja Adventista da Promessa (IAP). O motivo de nossa mudança foi o êxito em um concurso público que foi motivo de muita alegria, a adaptação ao novo emprego foi excelente, o ambiente de trabalho muito bom, a vida de casado melhor ainda. Conseguimos uma casa muito melhor do que imaginávamos para construir nosso lar. Mas após um tempo o desânimo e a tristeza começaram a se fazer freqüentes pela saudade da família e pela ausência da IAP.
Sem nos darmos conta, estávamos semelhantes ao povo de Israel no deserto. Focados nos nossos desejos, nossos olhos ficaram como que escurecidos para reconhecermos as bênçãos infinitas de nosso Deus. Ao invés de rendermos a Ele o louvor por tudo o que nos tem feito, passamos a murmurar pelos desejos não atendidos.
Louvado seja Deus que sua misericórdia não tem fim e é nova a cada manhã; louvado seja Deus que sempre permanece fiel, ainda que sejamos infiéis. Numa manhã de sábado, enquanto fazíamos nosso culto domiciliar (pois não temos igreja), o Senhor usou minha esposa na mensagem, que sem perceber passou a descrever as bênçãos grandiosas de Deus em nossas vidas e nossa ingratidão com lamentações.
Então Deus nos abriu os olhos e resolvemos compartilhar nesse pequeno espaço devocional: Deus tem derramado bênçãos abundantes sobre seus filhos, sobre sua Igreja, mas nossos anseios pessoais e egoístas cegam nossos olhos e nos fazem parar de louvar a Deus pelas bênçãos derramadas e passemos a lamentar os desejos “ainda” não alcançados.
Não deixe que a tristeza apague o brilho de Jesus em sua vida. Quando você sentir-se triste por algum motivo, pratique o hino que tantas vezes cantamos nos dias de culto: “Se da vida as vagas procelosas são; se com desalento julgas tudo vão, CONTA AS MUITAS BENÇÃOS, dize-as duma vez, hás de VER SURPRESO quanto Deus JÁ FEZ!”
Lembrei-me também de um louvor cantado por uma irmã da IAP de Lucianópolis, deixo-o abaixo para que meditem na letra:
“No mundo murmura-se tanto, Entre os que cristãos dizem ser;
Em vez de Iouvores há pranto, Fraqueza em lugar de poder.
Murmuram – assim no deserto, Em Mara, Israel murmurou;
Oh! Não vêem que Deus está perto; Jamais Seu auxilio negou.
Em vez de murmurares, canta. Um hino de louvor a Deus;
Jesus quer te dar vida santa, Qual noiva levar-te p’ra os céus.
Tu vives, irmão, murmurando, Tal como um escravo do mal;
Se Deus a tua fé stá provando, Tu não tens razão para tal.
Deus castiga aquele a quem ama, De ti. também não se esqueceu;
Qual pai amoroso te chama, E cuida, sim, do que é Seu.
E mesmo se as ondas rugirem. No revolto e bravio mar,
Os céus poderás ver se abrirem, Se um hino tua alma cantar,
Não temas ciladas, nem morte, Pra cima tu deves olhar;
O leme segura bem forte, Até do céu a luz raiar.
Se um hino cantar tu puderes, Nas horas de grande aflição.
Então voarás, se quiseres, Até a celeste mansão;
Nas asas da águia levado. Bem perto do mar de cristal
E por fim então libertado, A terra, chegar, celestial.”
Ricardo Radighieri Rascado
Fonte: FUMAP - via: http://gruporesgate2.blogspot.com
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