Por Eudoxiana Canto Melo
Peço-te, pois, ó SENHOR, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver. E disse o SENHOR: É razoável essa tua ira? Então, Jonas saiu da cidade, e assentou-se ao oriente da mesma, e ali fez uma enramada, e repousou debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria à cidade. (Jonas 4:3-5)
Somos muito acostumados a questionar o agir de Deus. Sempre queremos saber o porquê de suas decisões, de suas atitudes. Porém, a Bíblia nos mostra, no texto de Jn 4:3-5, Deus questionando, pedindo explicação. Ele não precisa valer-se de recursos retóricos para se fazer entendido. Neste sentido, sua pergunta ao profeta tem algo a nos ensinar. Para entendermos isso, precisamos nos perguntar: O que faria Deus requerer uma resposta de alguém? Se conhece os pensamentos e o coração humano, ele já não teria todas as respostas? Deve, então, haver um motivo especial.
Todos nós sabemos que Deus é digno da nossa devoção, da nossa obediência; mas deixamos que nossas vontades e emoções dirijam nossas decisões. Como Jonas, temos atitudes que, aos olhos de Deus, são insensatas, embora, aos nossos olhos, pareçam a melhor forma de agir. Ele exige de nós uma explicação porque não deseja que nos deixemos conduzir por nossos impulsos. Foi por isso que nos deu uma mente capaz de controlá-los.
Quando Deus questiona nossos sentimentos e nossas atitudes, quer despertar nossa capacidade de reflexão. Com certeza, assim como já sabia o verdadeiro motivo da ira de Jonas, o Senhor conhece, de antemão, nossas intenções, nossas motivações, dentro e fora da igreja. Mas, mesmo assim, ele nos pergunta, somente para nos despertar, somente para nos fazer refletir sobre nossas ações. Ele quer dirigir nossa vida, nossos propósitos, mas jamais vai agir em nossas decisões precipitadas. Ele vai agir em nós a partir do momento em que pararmos para refletir em sua palavra.
Deus quer ver em nós atitudes justificáveis em sua verdade, em seu caráter. Por isso, ele sempre irá nos questionar, acerca do que sentimos e fazemos: “É razoável a tua ira?”; “É razoável a tua euforia?”; “É razoável a tua revolta, a tua mágoa, a tua rebeldia?”; “É razoável a tua tristeza?”; “É razoável o teu orgulho?”; “É razoável o teu comodismo, a tua apatia, a tua omissão?”. É Deus quem pede uma explicação. Cada pergunta é um desafio para nós. Então, qual será nossa resposta?
Fonte: Devocional de autoria de Eudoxiana Canto Melo divulgado no PC@maral
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